Se a lenda fala de gregos e romanos, numa sequência impossível, Rodrigo Mendes da Silva, na sua "Poblacion General de España", atribui com incrível certeza a fundação de Torre Novas aos Celtas, no ano 308 a.C..
Neupergama, Kaispergama e Nova Augusta, de gregos e romanos respectivamente, constituem natural desejo de fazer recuar as origens da fortaleza à mais remota ancestralidade.
É muito possível, no entanto, que no quase inexpugnável morro onde se ergue o Castelo, tenha existido qualquer fortificação romana, a julgar pela abundância de vestígios que, nas imediações, atestam a sua importante presença.
A "Turris" deve ter assumido particular importância estratégica no vaivém da guerra da reconquista, integrando-se na constelação de fortalezas que constituíram a chamada "linha do Tejo".
Por árabes e cristãos foi várias vezes saqueada. Coincidem várias fontes ao dá-la conquistada por D. Afonso Henriques em 1148.
"Ganharão-se as Villas de Abrãtes e Torres Novas, ambas muyto fortes em o sitio, fermeza de muros e castellos" (...), diz a Monarquia Lusitana, embora outras crónicas igualmente coincidam em anterior conquista pelo Primeiro Rei, em 1135 ou 1137, na sequência da tão discutida destruição de Leiria.
Em 1184, o Emir de Marrocos Aben Jacub acampa a sudeste da vila, no local hoje chamado Arraial. Arrasa a fortaleza e segue a conquista de Santarém, onde é derrotado.
Em 1190, É o Almóada Aben Joseph, Imperador de Marrocos e irmão de Aben Jacub quem de novo tenta retomar Santarém. Acomete contra Torres Novas, que ganha facilmente, dirigindo-se depois a Tomar, que destrói. Não logra no entanto, a tomada do Castelo e levanta o cerco.
Deixou contudo guarnição em Torres Novas e sugere aos portugueses a entrega da praça em troca de Silves, que havia perdido, não conseguindo este intento.
A presença árabe deverá ter sido desbaratinada, poucos meses depois por tropas de D. Sancho. A 1 de Outubro desse ano de 1190, o Rei Povoador concede à vila o seu primeiro Foral e manda reconstruir a fortaleza.
Depois das lutas com Castela, no séc. XIV, D. Fernando ordena a reconstrução do castelo e das muralhas da cerca, obra concluídaem 1376, e da qual ficou inscrição no antigo Arco do Salvador: "O mui nobre rei D. Fernando mandou fazer esta obra a Lourenço Pais, de Santarém, juíz por el-rei, e foi acabada na era de 1414 (1376) anos e desta obra foi mestre Estêvao Domingues, pedreiro, que isto fez e lavrou."
Da Cerca, que tinha três portas principais e foi definitivamente destruída no séc. XIX quase na totalidade, resta hoje troço de muralha a nascente do Castelo.
A configuração actual do monumento foi a que resultou de importantes obras de restauro de torres e muralhas na década de 40 e do arranjo da Alcaidaria trinta anos depois.
"Castelo de Torres Novas", ed. Serviços Culturais da Câmara Municipal de Torres Novas"
Neupergama, Kaispergama e Nova Augusta, de gregos e romanos respectivamente, constituem natural desejo de fazer recuar as origens da fortaleza à mais remota ancestralidade.
É muito possível, no entanto, que no quase inexpugnável morro onde se ergue o Castelo, tenha existido qualquer fortificação romana, a julgar pela abundância de vestígios que, nas imediações, atestam a sua importante presença.
A "Turris" deve ter assumido particular importância estratégica no vaivém da guerra da reconquista, integrando-se na constelação de fortalezas que constituíram a chamada "linha do Tejo".
Por árabes e cristãos foi várias vezes saqueada. Coincidem várias fontes ao dá-la conquistada por D. Afonso Henriques em 1148.
"Ganharão-se as Villas de Abrãtes e Torres Novas, ambas muyto fortes em o sitio, fermeza de muros e castellos" (...), diz a Monarquia Lusitana, embora outras crónicas igualmente coincidam em anterior conquista pelo Primeiro Rei, em 1135 ou 1137, na sequência da tão discutida destruição de Leiria.
Em 1184, o Emir de Marrocos Aben Jacub acampa a sudeste da vila, no local hoje chamado Arraial. Arrasa a fortaleza e segue a conquista de Santarém, onde é derrotado.
Em 1190, É o Almóada Aben Joseph, Imperador de Marrocos e irmão de Aben Jacub quem de novo tenta retomar Santarém. Acomete contra Torres Novas, que ganha facilmente, dirigindo-se depois a Tomar, que destrói. Não logra no entanto, a tomada do Castelo e levanta o cerco.
Deixou contudo guarnição em Torres Novas e sugere aos portugueses a entrega da praça em troca de Silves, que havia perdido, não conseguindo este intento.
A presença árabe deverá ter sido desbaratinada, poucos meses depois por tropas de D. Sancho. A 1 de Outubro desse ano de 1190, o Rei Povoador concede à vila o seu primeiro Foral e manda reconstruir a fortaleza.
Depois das lutas com Castela, no séc. XIV, D. Fernando ordena a reconstrução do castelo e das muralhas da cerca, obra concluídaem 1376, e da qual ficou inscrição no antigo Arco do Salvador: "O mui nobre rei D. Fernando mandou fazer esta obra a Lourenço Pais, de Santarém, juíz por el-rei, e foi acabada na era de 1414 (1376) anos e desta obra foi mestre Estêvao Domingues, pedreiro, que isto fez e lavrou."
Da Cerca, que tinha três portas principais e foi definitivamente destruída no séc. XIX quase na totalidade, resta hoje troço de muralha a nascente do Castelo.
A configuração actual do monumento foi a que resultou de importantes obras de restauro de torres e muralhas na década de 40 e do arranjo da Alcaidaria trinta anos depois.
"Castelo de Torres Novas", ed. Serviços Culturais da Câmara Municipal de Torres Novas"
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