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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lendas, Curiosidades e Histórias de Portugal - Curiosidade sobre a Região do Fundão...

Na Cova da Beira a casa típica tinha uma loja para o gado e um sobrado para habitação. O acesso fazia-se pelo exterior, por escada. A varanda tinha um alpendre em pedra ou madeira. Algumas casas eram cobertas de colmo, outras de lousa. Mais a sul desaparece o alpendre. Na casa de entrada era uso haver a cantareira com as louças e copos.
O trabalho do linho teve as suas tradições no concelho do Fundão. Era usado para fazer as roupas para uso doméstico e também para vestuário. Tecido artesanal, o linho servia muitas vezes para pagar as rendas e os foros. Na preparação do linho havia toda uma série de tarefas que tinham de ser respeitadas: desde o semear até ao produto final, percorria-se um caminho difícil. Quando se apanhava em Junho, ripava-se o caule para se separar da semente. Durante 6 ou 8 dias colocava-se de molho em água. Em seguida deixava-se secar cerca de 15 dias. Depois era tascado, espadulado e fiado. A barrela servia para tornar o fio mais branco. Logo depois era altura de dobar e tecer. Dele resultavam bonitas peças fabricadas em teares artesanais. Actualmente funcionam teares em Bogas do Meio e Janeiro de Cima, duas freguesias do concelho do Fundão, e estas peças podem ser adquiridas no comércio tradicional.
Também a indústria resultante da criação de bichos da sede teve os seus dias áureos. A maior parte dos casulos iam para a França a bom preço. Agora a produção da seda praticamente desapareceu. O Marquês de Pombal tentou, com algumas medidas, aperfeiçoar a manufactura dos panos que se faziam no Fundão. Os engenhos funcionavam na Ribeira de “Alcambar” e os tecelões e tintureiros na aldeia próxima. Este governante criou uma fábrica real que actualmente é os Paços do Município.
Quando em 1821, passou para as mãos de particulares, rapidamente entrou em decadência.

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